Vamos conhecer os fundos geridos de forma activa e passiva para se enriquecer com os investimentos para a aposentação
Liquidação das contas e pagamento dos montantes de previdência
O que se pode ver nas informações da minha conta?
Reduza o risco com o crescer da idade e saiba escolher a sua carteira de investimentos
Veja a tabela das taxas de reversão de direitos para saber quanto irá receber aquando do cancelamento da inscrição
Venha conhecer a alocação de obrigações para uma diversificação de riscos mais apropriada
Vamos conhecer a carteira de depósitos bancários
Processamento da Mudança dos Planos de Aplicação das Contribuições
Opções de investimento diversificadas Flexibilidade na alocação das carteiras
Opções de investimento diversificadas Gestão de riscos o mais importante
Série - Conhecer o fundo de obrigações : Parte da classificação
Aprendendo mais sobre a percentagem efectiva das contas
Série - Conhecer o fundo de obrigações : Conhecer a taxa de rendibilidade (Yield) e a duração
Série - Conhecer o fundo de obrigações : Parte das características do retorno
Série - Conhecer o fundo de obrigações : Parte das noções básicas
3 dicas para enfrentar as flutuações do mercado
Qual o nível de tolerância ao risco? Para saber basta preencher o questionário
Deve proceder atempadamente ao planeamento de investimento para a aposentação
A organização da carteira depende da “ redistribuição” Não se atrase na gestão do risco
Investimento a longo prazo Lidar de forma racional com a volatilidade do mercado
Como se deve proceder à gestão do fundo de previdência num mercado volátil?
Proceder bem à gestão dos riscos, devendo ponderar o investimento para a aposentação a longo prazo
3 Aspectos a serem observados no estabelecimento das estratégias de investimento para a aposentação
Jovem contribuinte – Montante necessário para a aposentação e alocação de activos
Conhecer mais sobre os direitos da conta
Processo de mudança dos planos de aplicação das contribuições
Determinar se o fundo de investimento gerido de forma activa ou de forma passiva é mais adequado ao contribuinte
Preencher o formulário de forma correcta Sem preocupação na mudança
Investimento para a aposentação - Gestão dos riscos
Conhecer a mudança através de um Quadro (1.a parte) - conceitos básicos / Conhecer a mudança através de um Quadro (2.a Parte) – Procedimento para a entrega da declaração
Decisão
Conhecer o índice de referência
O que sabe sobre as carteiras de investimento?
Como lidar com a volatilidade do mercado
A redistribuição dos activos é muito importante
As falácias sobre as obrigações internacionais
Demonstração do desempenho dos fundos de investimento
Antes de investir, obtenha as devidas informações
Breve comentário das características dos fundos geridos de forma activa e de forma passiva
A distribuição de activos do novo fundo gerido de forma passiva
As diferenças entre os Fundos geridos de forma activa e de forma passiva
Estratégias de investimentos quando se está próximo da aposentação
Afaste-se das falácias dos investimentos
5 passos para estabelecer uma estratégia de investimento
Preocupações da nova colega
Noções sobre “dollar cost averaging”
Como se deve enfrentar correctamente o investimento para a aposentação
Noções sobre alocação de activos
Diversificação dos investimentos ( I )/Diversificação dos investimentos ( II )
Conhecer os riscos de investimento
Apresentação do fundo de investimento em acções da Ásia (com excepção do Japão)
Conheça os Fundos de Obrigações
Opções de Investimento dos Regimes de Previdência
Características de Risco/Retorno dos Fundos de Investimento em Acções
Descontos Oferecidos pelos Fundos
Valorização dos Investimentos do Fundo
Método de Cálculo do Valor da Unidade de Participação do Fundo
Criação de uma estratégia de investimento adequada
Definição de Fundos de Investimento, Vantagens e Custos do Investimento em Fundos
Diferença entre o objectivo de investimento para aposentação e o objectivo de outros investimentos
 
 
  Vamos conhecer os fundos geridos de forma activa e passiva para se enriquecer com os investimentos para a aposentação  
 
 

  Liquidação das contas e pagamento dos montantes de previdência  
 
 

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  Reduza o risco com o crescer da idade e saiba escolher a sua carteira de investimentos  
 
 

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  Série - Conhecer o fundo de obrigações : Parte da classificação  
 
 

  Aprendendo mais sobre a percentagem efectiva das contas  
 
 

  Série - Conhecer o fundo de obrigações : Conhecer a taxa de rendibilidade (Yield) e a duração  
 
 

  Série - Conhecer o fundo de obrigações : Parte das características do retorno  
 
 

  Série - Conhecer o fundo de obrigações : Parte das noções básicas  
 
 

  3 dicas para enfrentar as flutuações do mercado  
 
 

  Qual o nível de tolerância ao risco? Para saber basta preencher o questionário  
 
 

  Deve proceder atempadamente ao planeamento de investimento para a aposentação  
 
 

  A organização da carteira depende da “ redistribuição” Não se atrase na gestão do risco  
 
 

  Investimento a longo prazo Lidar de forma racional com a volatilidade do mercado  
 
 

  Como se deve proceder à gestão do fundo de previdência num mercado volátil?  
 
 

  Proceder bem à gestão dos riscos, devendo ponderar o investimento para a aposentação a longo prazo  
 
 

  3 Aspectos a serem observados no estabelecimento das estratégias de investimento para a aposentação  
 
 

  Jovem contribuinte – Montante necessário para a aposentação e alocação de activos  
 
 

  Conhecer mais sobre os direitos da conta  
 
 

  Processo de mudança dos planos de aplicação das contribuições  
 
 

  Determinar se o fundo de investimento gerido de forma activa ou de forma passiva é mais adequado ao contribuinte  
   
 
  Preencher o formulário de forma correcta Sem preocupação na mudança  
 
 

  Investimento para a aposentação - Gestão dos riscos  
 
 

  Conhecer a mudança através de um Quadro (1.a parte) - conceitos básicos / Conhecer a mudança através de um Quadro (2.a Parte) – Procedimento para a entrega da declaração  
 
 

  Decisão  
 
 

  Conhecer o índice de referência  
 
 

  O que sabe sobre as carteiras de investimento?  
 
 

  Como lidar com a volatilidade do mercado  
 
 

  A redistribuição dos activos é muito importante  
 
 

  As falácias sobre as obrigações internacionais  
 
 

  Demonstração do desempenho dos fundos de investimento  
 
 

  Antes de investir, obtenha as devidas informações  
 
 

  Breve comentário das características dos fundos geridos de forma activa e de forma passiva  
   
 
  A distribuição de activos do novo fundo gerido de forma passiva  
 
 

  As diferenças entre os Fundos geridos de forma activa e de forma passiva  
 
 

  Estratégias de investimentos quando se está próximo da aposentação  
 
 

  Afaste-se das falácias dos investimentos  
 
 

  5 passos para estabelecer uma estratégia de investimento  
 
 

  Preocupações da nova colega  
 
 

  Noções sobre “dollar cost averaging”  
 
  Na última edição, abordámos o “dollar cost averaging”. Nesta edição iremos abordar o investimento a longo prazo e as estratégias de investimento para os participantes dos regimes de aposentação em situação de mercado volátil.  
  Porque precisamos de proceder ao investimento a longo prazo? O investimento a longo prazo consegue resistir às flutuações do mercado?  
  Em termos de investimento a longo prazo, o preço da maioria dos activos revela, em geral, uma tendência crescente. Tomamos como exemplo as acções internacionais, o gráfico seguinte demonstra a evolução do índice mundial de Morgan Stanley(MSCI World Index)durante 20 anos (desde o ano de 1992 até ao ano 2011). Embora durante este período de tempo, ocorreram diversos eventos no mercado, tais como, a crise da "bolha tecnológica" e os ataques do 11 de Setembro aos EUA no período de 2000 a 2002, a crise financeira global originada pela crise “sub-prime” dos EUA no período de 2007 a 2009, e a crise da dívida Europeia desde 2010, provocando grandes flutuações a curto prazo no mercado de acções internacionais, no entanto em termos gerais, o índice registou ainda um retorno anualizado (Annualized Return) de 5,8%.  

  De acordo com o gráfico acima exposto, verificou-se flutuações sucessivas no mercado de acções internacionais, e quanto mais longo forem os anos de investimento, mais oportunidades terão para a redução do impacto causado pelas flutuações de curto prazo ao desempenho das carteiras de investimento.  
  Quais deverão ser as estratégias de investimento para os participantes dos regimes de aposentação em situação de mercado volátil?  
  O investimento para a aposentação envolve, em geral um período de várias dezenas de anos. Tomamos como exemplo os fundos de investimento, a subida e descida do valor da sua unidade de participação apenas afecta o lucro e a perda da conta, em termos contabilísticos. Para os participantes dos regimes que não resgataram os fundos de investimento em curto prazo, no final o impacto causado pelas flutuações de curto prazo sobre as carteiras de investimento será relativamente mais baixo.  
  Portanto, os participantes dos regimes de aposentação não devem mudar as suas próprias estratégias de investimento por motivo de variações temporárias do mercado, caso contrário poderá surgir a situação de “Comprar por preço alto e Vender por preço baixo”, de forma a provocar perdas nas carteiras de investimento. Uma vez que os participantes dos regimes de aposentação, em geral, contribuem mensalmente, assim, usando o método de investimento de “dollar cost averaging”, em conjugação com o objectivo de investimento para a aposentação, o período de investimento e o nível de tolerância individual ao risco, e investindo de forma persistente, permite aos participantes beneficiarem das vantagens conduzidas pelo investimento a longo prazo às respectivas carteiras de investimento.  

 

  Como se deve enfrentar correctamente o investimento para a aposentação  
 
  Na última edição, abordámos a alocação de activos. Nesta edição iremos apresentar o "dollar cost averaging". "Dollar cost averaging" é um método em que os investidores investem regularmente uma quantia fixa a longo prazo, independentemente das flutuações de preços. Tomando como exemplo os fundos de investimento, quando os preços estiverem em baixa, os investidores irão comprar mais unidades de participação, pelo contrário, quando os preços estiverem em alta, menos serão as unidades de participação adquiridas pelos investidores. Este método, a longo prazo, poderá tornar o custo de investimento num valor médio, reduzindo à carteira de investimentos o impacto causado pelas flutuações a curto prazo, em benefício da diminuição do risco potencial da unidade de participação de um fundo comprada a preços altos de uma só vez.  
  O gráfico seguinte demonstra os movimentos do valor da unidade de participação dum fundo de investimento em acções durante um ano. Supondo que quando um investidor começou a investir, o preço da unidade de participação do fundo era de $9,00, durante o prazo de um ano de investimento, os preços do fundo de investimento mantiveram-se voláteis e o valor da unidade de participação passou em Dezembro a ser de $7,50. Caso o investidor em Janeiro tivesse investido de uma só vez o montante de $12.000, o total das unidades de participação adquiridas seria de $12.000÷$9,00= 1.333,33. Até ao mês de Dezembro, o valor de mercado dos investimentos seria de: valor da unidade de participação do mês de Dezembro × total das unidades de participação adquiridas = $7,50×1.333,33=$9.999,98, ou seja, registou-se uma perda durante esse período.  
  No entanto, caso o investidor tivesse procedido ao investimento através do método de "dollar cost averaging", investindo mensalmente $1.000, o total das unidades de participação do fundo de investimento adquiridas pelo mesmo durante um ano seria de 1.657,90. Até ao mês de Dezembro, o valor de mercado seria de: $7,50×1.657,90=$12.434,25. Uma vez que o número das unidades de participação adquiridas pelo investidor a preços baixos do fundo de investimento foi elevado e muito embora o valor do preço da unidade no mês de Dezembro tinha sido inferior ao de Janeiro, em geral, nesse período registou-se ainda um lucro.  

  Apesar do preço dos fundos de investimento em acções poder subir ou descer, contudo os dados históricos demonstram que, a longo prazo, em geral assiste-se a uma tendência crescente. No que respeita ao investimento para a aposentação, uma vez que o horizonte de investimento é geralmente mais longo, caso os investidores procederem ao investimento pelo método de "dollar cost averaging", poderão desfrutar ainda mais dos benefícios derivados do referido método nas suas carteiras de investimento.  

 

  Noções sobre alocação de activos  
 
  Nas últimas duas edições, abordámos os métodos de diversificação dos investimentos. Iremos nesta edição apresentar a definição e os benefícios da alocação de activos, bem como a forma de proceder-se à alocação de activos na carteira de investimento.  
     
  O que é a alocação de activos?  
  A alocação de activos refere-se à distribuição do capital entre diversas classes de activos, como por exemplo em acções, obrigações e instrumentos do mercado monetário, tendo em conta os objectivos de investimento individuais, bem como factores tais como o tempo que falta até à aposentação e o nível de tolerância ao risco dos investidores, estabelecendo a sua própria carteira de investimento e que a longo prazo e com investimentos contínuos, possam atingir a rendibilidade de investimento esperada.  
     
  Quais são os benefícios da alocação de activos?  
  Cada uma das classes de activos possui um diferente perfil de risco/rendibilidade, os investidores podem distribuir o capital em diferentes tipos de activos, diversificando ainda mais os investimentos, a fim de reduzir o risco da carteira de investimentos em geral.  
  O prazo de investimento é geralmente mais longo para os investidores do plano de aposentação, portanto uma alocação de activos adequada é extremamente importante. A alocação em acções e obrigações, além de poder reduzir o risco da carteira de investimentos em geral, pode ainda reduzir efectivamente o impacto causado à carteira pelas mudanças a curto prazo no mercado de investimento, podendo ainda vir a obter uma rendibilidade potencial a longo prazo.  
     
  Como se faz a alocação de activos?  
  A proporção dos investimentos em diferentes classes de activos afectará directamente o nível geral de risco e de rendibilidade sobre a carteira de investimento, portanto os investidores podem, consoante os factores tais como o horizonte de investimento e o nível de tolerância ao risco, estabelecer uma alocação de activos adequada.  
  De modo geral, o nível de tolerância ao risco dos investidores varia consoante o tempo que falta até à aposentação. Quando o investidor for jovem e o período que falta até à aposentação for longo, estando igualmente disposto a suportar alto risco, a sua carteira de investimento pode ser mais agressiva, logo pode considerar mais peso no investimento em acções. Quanto mais próximo da aposentação está o investidor, menor é a capacidade de assumir o risco, a sua carteira de investimento pode ser mais conservadora, portanto pode considerar mais peso no investimento em obrigações. Supondo que ao investidor falta apenas alguns anos para a aposentação ou que não está disposto a assumir risco, neste contexto pode considerar investir em instrumentos do mercado monetário.  
  Antes de estabelecerem a alocação de activos, os investidores podem consultar o risco e rendibilidade esperado de algumas carteiras de investimento, a seguir discriminadas:  

  Os investidores podem mediante o preenchimento do questionário sobre tolerância ao risco saber a que tipo de investidores pertencem, e através dos resultados, tomarem em consideração na sua carteira de investimento uma alocação de activos adequada.  

 

  Diversificação dos investimentos ( I )/Diversificação dos investimentos ( II )  
 
  Referimo-nos, na última edição, que a diversificação pode reduzir o risco dos investimentos. Iremos nesta e na próxima edição apresentar as alternativas para a diversificação dos investimentos.  
  Como todos sabemos, o mercado de investimentos está constantemente a mudar, os desempenhos das receitas variam entre diferentes empresas / sectores, assim como os ciclos económicos divergem entre diferentes regiões / países. Além disso, não existe nenhuma empresa, sector ou região / país que tenha um desempenho perpetuamente positivo. Logo, os investidores devem diversificar os seus investimentos, de modo a suavizar os impactos que possam causar à carteira de investimentos, provocados por mudanças do mercado de investimentos ou por certos acontecimentos particulares.  
     
  Seguem-se alguns eventos que tiveram um impacto significativo sobre o mercado de investimentos:  

  Imagine que, durante os períodos acima referidos, tivesse centralizado os seus investimentos na empresa Enron, no sector tecnológico ou em acções asiáticas, logo a sua carteira de investimentos teria indubitavelmente sofrido perdas consideráveis.  
     
  A realidade é que os investidores têm fundos limitados, daí pode, de facto, ser difícil diversificar os investimentos de forma eficaz; todavia já os fundos de investimento podem atingir este objectivo. Os fundos de investimento recolhem os fundos dos diversos investidores, cabendo ao gestor responsável pela gestão do fundo proceder, de acordo com os objectivos e as estratégias de investimento pré-definidas, à diversificação dos investimentos, nomeadamente investindo em diferentes empresas, sectores, ou até em diferentes regiões e países. Os investidores podem, através de boletins mensais providenciados pelas companhias gestoras de fundos de investimento, conhecer a composição dos investimentos. Segue-se um exemplo da composição dos investimentos de um fundo de acções internacionais dum determinado mês:  

   Conselhos sobre investimentos para a aposentação  

  Na última edição, explicámos que os investidores podem diversificar os seus investimentos ao investirem em empresas, sectores e regiões/países diferentes. Iremos nesta edição apresentar um outro método de diversificação dos investimentos.  
  Os investidores podem investir em diferentes classes de activos para diversificar ainda mais os seus investimentos. De modo geral, as classes de activos básicas de investimentos para a aposentação são: Acções, obrigações e instrumentos do mercado monetário. Cada uma destas classes tem perfis de risco/retorno diferentes e o desempenho destes activos também varia de acordo com o ambiente dos diferentes mercados de investimento. Apresenta-se de seguida os perfis de risco/retorno das referidas três classes de activos:  

     
  Referindo-nos às acções e às obrigações, os seguintes dois exemplos revelam que o desempenho das acções internacionais e das obrigações internacionais varia consoante o ambiente dos diferentes mercados de investimento.  

  Os instrumentos do mercado monetário são utilizados principalmente pelos investidores que estão próximos da aposentação para a protecção do capital, ou para aqueles que pretendem reduzir o risco de investimento ou estacionar temporariamente o capital. Contudo, o seu retorno, a longo prazo, tende a não acompanhar a inflação.  
  Nenhum investidor consegue prever com precisão as tendências dos mercados, e também não é possível prever qual a classe de activos que terá o melhor desempenho num determinado ambiente de investimento; logo, ao diversificarem os investimentos em acções, obrigações e instrumentos do mercado monetário, a classe de activo com melhor desempenho pode mitigar o impacto da outra classe com pior desempenho, reduzindo assim o risco das carteiras de investimento.  
  Os fundos de investimento disponibilizados pelos planos de aposentação, em geral, investem em fundos diversificadamente de várias empresas, sectores e regiões/países. Os investidores podem combinar as diferentes classes de activos de acordo com os seus próprios objectivos de investimento, níveis de tolerância ao risco ou outros factores, estabelecendo assim uma estratégia de investimento personalizada.  

 

  Conhecer os riscos de investimento  
 
  O que são riscos de investimento?  
  Em geral, os riscos de investimento referem-se aos factores de instabilidade dos rendimentos futuros dos investimentos feitos por investidores. Os diferentes factores de risco podem resultar em rendimentos de investimento inferiores aos previstos ou mesmo em prejuízos. Por exemplo, se o objectivo do investimento for ultrapassar a inflação, os factores individuais de risco podem levar, no fim de contas, a ganhos reais inferiores ao nível de inflação, podendo até resultar em perdas.  
     
  Que tipos de riscos estão associados aos investimentos em acções e obrigações?  
  As acções e as obrigações são as classes de activos mais básicas do mercado de investimento e envolvem riscos de investimento diferentes. Os principais riscos de investimento são os seguintes:  
 
Acções
Risco de mercado - Refere-se a factores / notícias que causam abalos no mercado e incluem a mudança do ciclo económico, a alteração nas taxas de juros, a inflação ou a deflação, as instabilidades políticas, as guerras, etc.
Risco específico - Envolve apenas o risco das acções de determinada empresa, como por exemplo a gestão e o resultado de uma empresa individual pode eventualmente vir a afectar o preço das suas acções.
Obrigações
Risco de taxas de
juros
- Refere-se ao impacto que a alteração das taxas de juros de mercado tem sobre os preços das obrigações, causando o risco de vir os investidores a sofrerem prejuízos. Como as taxas de juro das obrigações são fixas no momento de aquisição, caso as taxas de juro do mercado aumentarem subsequentemente, as obrigações ficarão menos atractivas para os titulares, reduzindo, por isso, os preços das mesmas, e vice-versa.
Risco de inflação - A inflação refere-se ao aumento geral do nível dos preços de bens e serviços, levando a uma diminuição do poder de compra de uma moeda. Se a inflação for superior à taxa de retorno das obrigações, o rendimento real das obrigações não alcançará os objectivos do investimento.
Risco de crédito - Refere-se ao risco de um emissor de obrigações não conseguir pagar os juros ou o capital destas nos prazos previstos. Estes riscos podem levar à descida dos preços das obrigações.
Risco de liquidez - Se os titulares de obrigações quiserem vender as obrigações que detêm para obter dinheiro ou capital para outros investimentos e houver uma falta de liquidez nos mercados secundários para obrigações, incorrerão numa situação em que não poderão vender de imediato essas obrigações ou terão de vendê-las a um preço mais baixo, causando, por conseguinte, prejuízos aos mesmos.
 
     
  Como evitar os riscos de investimento?  
  Qualquer investimento envolve risco. Os investidores devem, antes de tomar qualquer decisão de investimento, estar bem a par do perfil de risco / retorno dos diferentes planos de investimentos. É impossível evitar completamente o risco no investimento, contudo, os investidores podem utilizar métodos diferentes para os reduzir.  
     
  Como reduzir os riscos de investimento?  
  Uma maneira eficaz de reduzir o risco de investimento é diversificar os investimentos. O conceito de diversificação é equivalente ao famoso ditado “Não colocar todos os ovos no mesmo cesto”. Os investidores podem, para além de investir em classes de activos diferentes, investir em regiões e sectores diferentes, e até em temas e estilos diferentes para diversificar os seus investimentos.  
  Além disso, os investidores podem também utilizar o método do custo médio para diversificar os seus investimentos e alcançar, a longo prazo, os respectivos objectivos. Este método de investimento, que consiste em investir com regulariadade, em montantes fixos, permite, a longo prazo, equilibrar o custo de investimento dos activos e mitigar a influência que a volatilidade no mercado a curto-prazo tem sobre os respectivos investimentos.  
     
  Conselhos sobre investimentos para a aposentação  
 
  • Qualquer investimento envolve risco. Os investidores devem estar atentos ao facto de que quanto mais elevado for o retorno potencial, maior é o risco potencial.
  • A diversificação dos investimentos é um método eficaz para reduzir os riscos de investimento. Os investidores podem utilizar o método de custo médio para investir em diferentes classes de activos para diversificarem os seus investimentos.
  • Os investidores devem conhecer o perfil de risco / retorno dos planos de investimentos e consoante os objectivos de investimento e os níveis de tolerância ao risco pessoais, construir carteiras de investimento que mais se adequam a si próprio.
 
 

  Apresentação do fundo de investimento em acções da Ásia (com excepção do Japão)  
 
 
O fundo de investimento em acções da Ásia (com excepção do Japão) é um fundo de investimento regional, que investe, principalmente, em mercados de acções na região asiática, incluindo na China, Coreia do Sul, Taiwan, HongKong, Índia e Singapura, mas não integra acções do Japão. De uma perspectiva de desenvolvimento económico, este fundo de investimento exclui o mercado de acções japonês porque o Japão tem uma economia já bem desenvolvida, ao contrário da maioria dos países/locais asiáticos, cujas economias estão ainda numa fase de crescimento.

O objectivo do fundo de investimento em acções da Ásia (com excepção do Japão) é principalmente a valorização, a longo prazo, do capital investido, alcançado através do crescimento económico regional. Este tipo de fundos tem os investimentos distribuídos, maioritariamente, nos mercados em desenvolvimento (também conhecidos como “mercados emergentes”) como a China, Taiwan, Índia, etc. De um modo geral, os riscos inerentes aos investimentos em mercados emergentes são mais elevados do que os dos investimentos em mercados desenvolvidos.

 
 
Volatilidade dos retornos anuais
Nos últimos vinte anos (de 1991 a 2010), os mercados de acções da Ásia (com excepção do Japão) têm vindo a atrair cada vez mais atenção do mercado. Durante esse período, a região asiática foi palco de um rápido crescimento económico e ao mesmo tempo tem experimentado breves quedas significativas. O gráfico adiante demonstra que o investimento em mercados emergentes disparou em 1993, tendo as acções da Ásia (com excepção do Japão) registado um retorno anual de 103,4%. Posteriormente, a crise financeira asiática de 1997 causou o declínio do retorno anual de 40,3%. Mais tarde, a bolha tecnológica de 1999, resultou num aumento do retorno anual de 64,7%, porém a explosão da bolha no ano subsequente fez registar uma contracção de 35,2%. Em 2008, afectado pela crise financeira mundial, o retorno anual das acções desta região caiu 52,5%, mas rapidamente se recuperou, em 2009, com um aumento de 72,5%. Em comparação, as acções internacionais tiveram um desempenho mais estável, com retornos anuais que variaram menos do que os das acções da Ásia (com excepção do Japão) nos anos referenciados acima. As acções da Ásia (com excepção do Japão) têm, de modo geral, um potencial de retorno a longo prazo mais forte, embora tendem a flutuar bastante mais a curto prazo.

Estratégia de investimento para a aposentação

Antes de estabelecer uma estratégia de investimento para a aposentação, os investidores devem para além do crescimento potencial dos respectivos planos de investimento, considerar também o tempo de investimento e o seu próprio nível de tolerância ao risco. Os riscos inerentes ao fundo de investimento em acções da Ásia (com excepção do Japão) são mais elevados do que os do fundo de investimento em acções internacionais. Logo, este fundo adequa-se mais a investidores que estão dispostos a tolerar um nível de risco mais elevado e que estejam ainda longe da idade para aposentação. Contudo, mesmo que os investidores achem que o fundo de investimento em acções da Ásia (com excepção do Japão) é o mais adequado às suas estratégias individuais de investimento agressivas devem, ainda assim, investir parte do capital noutros planos de investimento, com vista à diversificação dos riscos de investimento.

 
 

  Conheça os Fundos de Obrigações  
 
 

Os fundos de obrigações investem principalmente em obrigações, sendo elas títulos de dívida emitidas por empresas, estados ou governos e instituições supranacionais, como o Banco Mundial, o Banco Asiático de Desenvolvimento, etc. Os investidores, ao adquirirem obrigações, estão a emprestar dinheiro ao emissor de obrigações que, por sua vez, se compromete a pagar juros periodicamente à taxa de juro de cupão, bem como a reembolsar o capital mutuado à data de vencimento.

Os rendimentos dos investimentos em obrigações podem ser divididos, na generalidade, em dois grupos:
1. Rendimentos provenientes de pagamentos de juros periódicos
  Os investidores, antes da maturidade das obrigações, podem receber juros periodicamente, conforme a taxa de juro de cupão (sendo frequente uma periodicidade trimestral ou semestral).
 
2. Ganhos / perdas de capital devido a flutuações potenciais dos preços das obrigações
  Durante o período de detenção das obrigações, o seu preço é influenciado por diferentes factores do mercado. A venda das obrigações por parte dos titulares, antes da sua maturidade, pode resultar em ganhos ou perdas de capital consoante as flutuações nos preços das obrigações. Os factores que tendem a influenciar o preço das obrigações, em geral, são os seguintes:
 
 
  •  
  • Evolução das taxas de juro
      A evolução das taxas de juro do mercado tende a influenciar os preços das obrigações. Em termos gerais, se as taxas de juro subirem, quer dizer que as taxas de juro de cupão das próximas emissões de obrigações vão aumentar. Consequentemente, caso o investidor detenha obrigações emitidas anteriormente e com taxas de juro de cupão relativamente baixas, o seu preço de mercado tende a cair. Por outro lado, se as taxas de juro decairem, quer dizer que as obrigações emitidas anteriormente com taxas de juro de cupão mais altas, tornar-se-ão mais atraentes, por conseguinte o preço de mercado das mesmas tenderá a subir.
     
     
  •  
  • Classificação de crédito
      A classificação de crédito é um sistema de avaliação utilizado por agências de classificação como o Moody’s e o Standard & Poor’s para avaliar a situação financeira dos emissores de obrigações, bem como a capacidade dos mesmos de pagarem juros e efectuarem reembolsos de capital no futuro. As classificações de crédito influenciam o nível da taxa de juro de cupão que o emissor terá que pagar aquando do lançamento das obrigações, e qualquer alteração à sua classificação de crédito terá igualmente um impacto sobre o preço de mercado dessas obrigações antes da data de vencimento.
     
      Categorias das classificações de risco de crédito
    Moody's Standard & Poor's Definição
    Aaa Aa AAA AA Qualidade extremamente boa, considerada como de grau de investimento.
    A Baa A BBB Qualidade melhor do que a média, considerada como de grau de investimento.
    Ba B BB B Considerada como de grau especulativo.
    Caa Ca C CCC CC C D Má qualidade, considerada como de grau altamente especulativo e em perigo de incumprimento.
     
     
  •  
  • Oferta e procura
      Os preços das obrigações também são afectados pela sua oferta e procura. Quando houver uma procura elevada de obrigações no mercado (por exemplo para evitar exposição dos capitais ao risco), os preços das mesmas tendem a subir. Ao contrário, quando houver um aumento da oferta no mercado (por exemplo o aumento de emissão de obrigações pelo governo) poderá vir a reduzir o preço das obrigações.
     
     
  •  
  • Taxa de câmbio
      As flutuações das taxas de câmbio das moedas de pagamento das obrigações também podem vir a afectar os preços das obrigações. Se as taxas de câmbio das moedas de pagamento valorizarem positivamente, o mesmo irá acontecer ao preço das obrigações; todavia, a desvalorização das moedas de pagamento causará uma diminuição no preço das obrigações.
     
    Informações sobre investimentos em fundos de obrigações
    Os fundos de obrigações são investimentos de médio risco. Embora as obrigações podem trazer um rendimento estável, todavia também podem resultar em perdas, dependendo do impacto dos diferentes factores de risco no mercado.
     
     

      Opções de Investimento dos Regimes de Previdência  
     
     

    Os regimes de previdência devem proporcionar opções de investimento adequadas que satisfaçam as necessidades dos participantes em diferentes fases da vida, permitindo-lhes criar carteiras de investimento que conformem mais com a sua tolerância ao risco. Como os investimentos para a aposentação são investimentos a longo prazo, de modo a alcançar o efeito de diversificação do risco e obter um retorno relativamente estável, mesmo em ciclos económicos diferentes, os participantes devem distribuir efectivamente os seus activos em instrumentos de investimento diferentes e em diversas regiões.

    As opções de investimento fornecidas pelos regimes de previdência existentes no mercado normalmente incluem acções, obrigações e instrumentos do mercado monetário, abrangendo essas 3 classes de activos uma gama de alto, médio e baixo risco. De acordo com estudos sobre os regimes de previdência a nível mundial, a maioria proporciona fundos de estilo de vida, e.g. fundos de crescimento (compostos por 70% acções + 30% obrigações), fundos equilibrados (compostos por 50% acções + 50% obrigações) e fundos conservadores (compostos por 30% de acções + 70% obrigações). Estes regimes permitem aos participantes escolherem fundos pré-definidos com diferentes proporções de acções e obrigações para satisfazerem as necessidades de investimento em diferentes etapas das suas vidas. Existe igualmente uma minoria de regimes de previdência que proporciona apenas uma opção de investimento, ou investe directamente em acções da empresa do respectivo participante. Estes regimes dificilmente conseguirão proporcionar os benefícios resultantes da diversificação do risco e alcançar os objectivos do investimento para a aposentação.

    Para além disso, devido às solicitações dos participantes em ter opções de investimento mais extensivas, os regimes de previdência de certos mercados desenvolvidos têm aumentado as suas opções de investimento de três a cinco para várias dezenas de opções, dentro de poucas décadas após a sua criação, de modo a satisfazer as expectativas pessoais dos seus participantes.

    No entanto, estudos têm revelado que um número excessivo de opções e tipos de investimento semelhantes, de um modo geral, não só não proporcionam melhores benefícios, como também tornam a compreensão das características de cada opção, bem como o processo de decisão, mais onerosos para os participantes. A disponibilidade de mais opções de investimento significa que os participantes vão precisar de digerir e absorver mais informações, como também precisam de ter uma maior capacidade de decisão. O excesso de opções muitas vezes faz com que os participantes fiquem confusos e não saibam fazer a melhor escolha, podendo ainda aumentar a complexidade de gestão e fiscalização dos respectivos regimes. Sendo assim, o provedor do regime deve fazer uma avaliação prudente em relação às opções de investimento a adicionar, em particular a consideração do nível de conhecimento sobre os investimentos e do nível de tolerância ao risco dos participantes.

    Em suma, os regimes de previdência devem ter opções de investimento suficientes para os participantes poderem criar carteiras diversificadas, devendo as respectivas opções estar de acordo com os objectivos estabelecidos pelo regime, bem como o nível de conhecimento e a tolerância ao risco dos participantes. No que concerne aos participantes dos regimes, estes devem ter pleno conhecimento da sua situação pessoal e da sua tolerância ao risco, e daí, através de hábitos de investimento disciplinados, acumular activos a longo prazo para as suas poupanças de aposentação.

     
     

      Características de Risco/Retorno dos Fundos de Investimento em Acções  
     
     

    De um modo geral, os instrumentos de investimento básicos para a aposentação são as acções, as obrigações e os instrumentos do mercado monetário. Destes instrumentos, as acções são uma classe de activos que tende a crescer ou a cair em linha com a economia. Apesar da sua volatilidade ser mais pronunciada a curto prazo, tem um maior potencial de crescimento a longo prazo. Ao mesmo tempo, a probabilidade de haver um retorno negativo ou muito reduzido é maior a curto prazo. Relativamente às obrigações e aos instrumentos do mercado monetário, o risco de investimentos em acções é maior.

    O fundo de investimento em acções é geralmente usado em planos de aposentação, como veículo de investimento. Dependendo do nível de diversificação de investimento, o fundo de investimento em acções pode ser dividido em três categorias principais: fundo de investimento dum único território, fundo de investimento regional e fundo de investimento global. Como o nome indica, o fundo de investimento dum único território investe em acções de um determinado território ou país, como por exemplo Hong Kong ou Japão; o fundo de investimento regional investe em mais do que um território ou país, tal como em acções da Ásia ou Europa; enquanto que o fundo de investimento global investe nos mercados de acções de todo o mundo.


    Como o objectivo dos fundos de investimento em acções é a valorização do capital a longo prazo, portanto não se adequa à especulação a curto prazo, já que os resultados são apenas visíveis a longo prazo. O diagrama acima demonstra a relação dos potenciais riscos e retornos de diferentes instrumentos de investimento. No que se refere aos fundos de investimento em acções, o potencial risco e retorno dos fundos de investimento num único território é mais elevado, enquanto que os fundos de investimento globais têm o menor risco e retorno para os investidores.


    A tabela acima apresenta as taxas de retorno anual das acções globais, das acções da Ásia excluindo o Japão (acções regionais) e das acções de Hong Kong (acções de um único território) nos últimos 20 anos (1990 - 2009). Os dados indicam que as acções globais foram os menos voláteis.

    No âmbito dos investimentos para a aposentação, o objectivo principal dos planos de investimento de alto risco para os participantes do regime é a acumulação de activos através de um período de investimento mais longo. De um modo geral, os planos de investimento de alto risco são mais adequados para os participantes do regime que possam suportar riscos mais elevados, como pessoas mais jovens ou que tenham períodos de investimento mais longos. Os investimentos de longo prazo podem ajudar a resistir às flutuações de curto prazo do mercado, e a utilização de contribuições periódicas fixas para investimentos de longo prazo (como por exemplo contribuições mensais) pode conseguir o efeito do custo médio (dollar-cost averaging) e também atenuar o efeito causado pelas oscilações de curto prazo do mercado em relação aos investimentos.

     
     

      Descontos Oferecidos pelos Fundos  
     
     

    Os fundos de investimento geralmente cobram diferentes tipos de comissões. Normalmente, as comissões cobradas pelos fundos de investimento de classe institucional incluem comissões de gestão e de administração, enquanto que a maioria dos fundos de investimento de classe a retalho, para além de cobrarem comissões de gestão e de administração, podem também cobrar comissões de subscrição e comissões de resgate.

    A fim de obter uma vantagem competitiva, ou por outras considerações comerciais, algumas empresas e distribuidores de fundos oferecem descontos ou isenções das comissões para os investidores. Para além de descontos ou isenções imediatos, os seguintes dois tipos de descontos também são levados a cabo por estas instituições:

    (1) Devolução de dinheiro
      Este tipo de desconto envolve normalmente pagamentos únicos, como por exemplo comissão de subscrição. Apesar dos distribuidores (normalmente bancos no mercado) cobrarem ao investidor uma comissão de subscrição aquando do investimento no fundo, esta é devolvida total ou parcialmente em dinheiro na conta do investidor, após a conclusão dos respectivos procedimentos.

    (2) Reembolso através da distribuição de unidades de participação
      Este tipo de desconto envolve normalmente a cobrança periódica de comissões, como por exemplo comissões de administração e de gestão. Normalmente, as empresas de fundos oferecem diferentes níveis de reduções ou isenções de comissões consoante os montantes a investir no fundo, podendo investidores institucionais particulares virem a beneficiar dessas ofertas. As empresas de fundos calculam regularmente os montantes reembolsáveis e seguidamente reembolsam os montantes equivalentes em unidades de participação no fundo, na conta do investidor.

     
     

      Valorização dos Investimentos do Fundo  
     
     

    O gestor de fundos depende, principalmente, dos lucros provenientes dos instrumentos de investimento seleccionados para aumentar o valor dos activos do fundo. De um modo geral, os lucros podem ser classificados ao abrigo das seguintes três categorias:

    (1) Receitas provenientes de Juros / Dividendos
      Referem-se, principalmente, aos fundos que investem em instrumentos que atribuem juros / dividendos, como por exemplo, notas, obrigações ou acções, etc, e à cobrança regular ou irregularmente dos juros / dividendos provenientes desses instrumentos de investimento;

    (2) Valorização dos Activos
      Refere-se, principalmente, à comparação do preço de encerramento dos activos de um fundo, no final de cada dia de negociação. Se o valor do activo, no final de um dia de negociação for superior ao preço de encerramento do dia anterior, o valor do respectivo activo terá aumentado;

    (3) Lucros do Investimento de Capital
      O valor dos instrumentos de investimento detidos pelo fundo flutua de acordo com os preços de mercado, recorrendo o gestor do fundo de investimento dos seus conhecimentos profissionais nas decisões de venda dos mesmos, com vista à obtenção de lucros.

    De uma forma geral, e das três categorias acima mencionadas, os lucros do investimento de capital representam a maior proporção dos lucros globais do fundo. O valor da unidade de participação vai aumentando, proporcionalmente, à medida que os lucros globais do fundo vão crescendo.

     
     

      Método de Cálculo do Valor da Unidade de Participação do Fundo  
     
     

    Os fundos de investimento, em generalidade, utilizam o valor da unidade de participação, isto é, o valor líquido patrimonial de cada unidade, como base para a respectiva compra/venda. As flutuações do valor da unidade de participação são influenciadas, principalmente, pela variação do valor dos instrumentos do fundo de investimento.

    O valor da unidade de participação no fundo de investimento é calculado da seguinte forma:


    Porque os custos diários de transacção, as comissões de gestão, assim como as demais comissões de administração de um fundo de investimento, em generalidade, são deduzidas no mesmo dia, pelo que o valor da unidade de participação diário já reflecte estas comissões, não sendo cobradas quaisquer comissões adicionais. Além disso, o valor da unidade de participação em geral é calculado no final de cada dia útil.

     
     

      Criação de uma estratégia de investimento adequada  
     
      A formulação de uma estratégia de investimento refere-se principalmente, ao processo de determinação de uma carteira de investimentos adequada às necessidades pessoais, em face


    dos objectivos de investimento e do nível de tolerância ao risco do investidor e após conhecidas as características dos planos de investimento disponíveis. Dado que os objectivos de investimento de cada pessoa são diferentes, a criação para si própria de uma estratégia de investimento adequada poderá auxiliar a atingir os objectivos, podendo o investidor consultar os seguintes 5 passos fundamentais para a sua formulação:

    Passo 1: Definir objectivos pessoais de investimento A maioria dos investidores concentra-se apenas em aumentar a sua riqueza. Contudo, há uma falta de compreensão sobre os seus próprios objectivos e necessidades concretas de investimento, não conseguindo os investidores, consequentemente, definir para si próprio uma estratégia de investimento adequada. Os objectivos de investimento variam entre cada pessoa. Algumas pessoas investem para a vida após aposentação, outras investem para sustentar a família, enquanto outras investem para adquirir imóveis, ou só até para fazer uma viagem. Os investidores devem analisar a sua situação pessoal, bem como o retorno esperado de um investimento, a fim de determinar os objectivos individuais do investimento.

    Passo 2: Medir o nível individual de tolerância ao risco Diferentes planos de investimento têm diferentes perfis de risco / retorno. Logo, os investidores antes de seleccionar os planos de investimento, devem ter em conta o seu próprio nível de tolerância ao risco, ou seja, devem saber até que ponto estão dispostos a esperar até que um investimento se volte a valorizar, após uma descida no respectivo valor, de modo a poder determinar os tipos de planos de investimento adequados às suas próprias necessidades.

    Passo 3: Conhecer as características dos planos de investimento Após avaliação do seu próprio nível de tolerância ao risco, os investidores precisam ainda de conhecer as características dos diferentes planos de investimento disponíveis. Isto poderá ajudá-los a determinar a respectiva carteira de investimento. Acções, obrigações e instrumentos do mercado monetário são os instrumentos de investimento mais vulgares no mercado, abrangendo estes, respectivamente, uma escala de baixo a alto risco / retorno. Geralmente, o investidor pode investir nestes instrumentos directamente no mercado, podendo, igualmente, investir em instrumentos de investimento agregado, como por exemplo, através de fundos.

    Passo 4: Criar a carteira de investimento Em teoria, os investimentos que têm um retorno maior têm riscos relativamente maiores. Logo, o investidor deve tentar encontrar um equilíbrio entre os objectivos pessoais de investimento e o respectivo nível de exposição ao risco, escolhendo investir num único instrumento de investimento, ou em vários instrumentos com perfis de risco / retorno diferentes, de modo a criar uma carteira de investimento adequada.

    Passo 5: Rever periodicamente a estratégia de investimento Os investidores devem ter em atenção que a determinação da sua própria estratégia de investimento não é uma actividade feita uma única vez, esta estratégia precisa de ser reexaminada periodicamente. À medida que se verificar uma alteração na situação pessoal ou nas circunstâncias objectivas da vida, a estratégia de investimento pode necessitar de ser ajustada, devendo, portanto, os investidores reexaminar regularmente as suas estratégias de investimento, seguindo os passos referidos acima.
     
     

      Definição de Fundos de Investimento, Vantagens e Custos do Investimento em Fundos  
     
      Definição de Fundos de Investimento  
      Os Fundos de Investimento são instrumentos de investimento colectivo, constituídos por um somatório de parcelas de investimento individual de vários investidores, e geridos por gestores profissionais de acordo com os objectivos de investimento pré-definidos. Proporcionam aos pequenos investidores acesso a uma carteira bem diversificada com aplicações em diferentes mercados e activos financeiros.  
         
      Vantagens do Investimento em Fundos  
      Oportunidades de acesso a investimentos mundiais: O âmbito do seu investimento torna-se alargado, permitindo-o beneficiar de oportunidades de investimento no estrangeiro, assim como, evitar a concentração do seu investimento num mercado particular ou num determinado tipo de instrumento.  
         
      Diversificação do risco:O risco é diversificado por diferentes formas. Através de investimento em diferentes empresas, sectores, países e activos financeiros, os impactos dos bons e maus desempenhos podem ser compensados uns pelos outros.  
         
      Gestão Profissional:Ao participar em fundos de investimento, está também a optar por gestores profissionais de fundos. Os gestores de fundos, que são profissionais qualificados, com conhecimentos e técnicas de investimento, ajudam os investidores a acompanhar os mercados e títulos nos quais os fundos investem, analisando também os factores fundamentais do ambiente económico e as tendências dos mercados de investimento.  
         
      Custos dos Fundos de Investimento  
     

    Os fundos de investimento podem ser divididos em duas classes principais, a classe de retalho e a classe institucional. A maioria dos fundos de investimento subscritos por investidores através de distribuidores, como os bancos, são da classe de retalho, enquanto os fundos de investimento subscritos por investidores institucionais que preencham requisitos especialmente estabelecidos, são da classe institucional*. Há diferença entre as comissões cobradas nas duas classes.

    As comissões normalmente cobradas em fundos de investimento da classe de retalho incluem: a comissão de subscrição (“front-end fee”), a comissão de gestão (“management fee”) e a comissão de administração (“administration fee”), etc.

    Comissão de subscrição:Se o fundo de investimento é cotado por preços de compra e de venda (bid and offer prices), a comissão de subscrição é reflectida na diferença dos preços. Se o fundo de investimento é cotado pelo valor líquido dos activos por unidade de participação, a comissão de subscrição é, desde logo, deduzida ao capital de investimento do investidor.

    Comissão de gestão: A comissão de gestão é anual, e é, normalmente, deduzida diariamente ao fundo, e reflectida no valor líquido dos seus activos.

    Em relação aos fundos de investimento de classe de retalho em geral, os níveis das comissões de subscrição e de gestão encontram-se divulgados nos respectivos boletins informativos, enquanto os das comissões de administração não são divulgados. Quanto aos níveis das comissões, estes variam consoante as decisões comerciais de cada sociedade gestora. Contudo, em termos gerais, quanto mais complexos são os instrumentos de investimento, mais elevadas são as comissões cobradas.

    Em relação aos fundos de investimento de classe institucional em geral, não é cobrada qualquer comissão de subscrição, e as comissões de gestão e de administração são inferiores às aplicáveis aos fundos de investimento de classe de retalho.

    * Os fundos de investimento actualmente subscritos pelos contribuintes do Regime de Previdência são da classe institucional.
     
     

      Diferença entre o objectivo de investimento para aposentação e o objectivo de outros investimentos  
     
      O objectivo de investimento para aposentação é preparar para uma vida de aposentado adequada às suas necessidades individuais, por isso, o horizonte de investimento é geralmente muito longo. Uma vez que o objectivo de investimento para aposentação é de longo prazo, a estratégia de investimento será geralmente ajustada em resultado das mudanças das situações pessoais, anos para aposentação ou tolerância ao risco, etc, não sendo apropriado introduzir alterações na sequência de mudanças nos mercados de investimento. Os investimentos para aposentação e outros investimentos são completamente diferentes. Os outros investimentos podem ter objectivos diversos, com diferentes horizontes de investimento, sendo as estratégias adoptadas ajustadas de acordo com as mudanças de objectivos ou outros factores (como por exemplo: mudanças nos mercados de investimentos)